Em cerimônia de instalação da Comissão da Verdade, realizada nesta
quarta-feira no Palácio do Planalto, em Brasília, a presidente Dilma
Rousseff afirmou que a comissão não será movida por sentimentos
negativos. "Ao instalar a Comissão da Verdade, não nos move o
revanchismo, o ódio, ou o desejo de reescrever a história de uma forma
diferente do que aconteceu. Mas nos move a necessidade imperiosa de
conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamento, sem camuflagem, vetos, sem
proibições", disse. Dilma também chorou ao falar sobre a situação dos
familiares de mortos e desaparecidos durante o regime militar.
"Sobretudo merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e
parentes, e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e
sempre a cada dia", afirmou a petista, muito emocionada. Em seguida, ela
completou a frase, referindo-se aos mortos e desaparecidos durante o a
ditadura. "É como se disséssemos que se existem filhos sem pai, se
existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos. Nunca, nunca
mesmo pode existir uma história sem voz. E quem dá voz a história são
homens e mulheres livres que não têm medo de escrevê-la”, finalizou.
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