O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Pedro Godinho (PMDB), afirmou nunca ter presenciado, ao longo de sua trajetória política, uma situação como a que vive a Casa atualmente, prestes a julgar as prestações do prefeito João Henrique (PP), rejeitadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em 2010. “Estou no meu quinto mandato, mas nunca vi uma situação semelhante a essa, de contas rejeitadas sucessivamente e que vão ter que ser analisadas pela Câmara”, avaliou, em entrevista ao jornalista Samuel Celestino, durante o programa Bahia Notícias no Ar, da Rede Tudo FM 102.5, nesta terça-feira (6). A Câmara aguarda o parecer da Comissão de Finanças e Orçamento, presidida pelo peemedebista Sandoval Guimarães, para colocar o tema em votação, o que deve ocorrer em abril ou maio deste ano e pode incidir diretamente sobre o futuro de JH, que pode ter os direitos políticos suspensos. “O parecer da comissão é balizador, mas quem decide, em última análise, é o plenário [...] A aprovação vai depender do parecer da Comissão de Finanças e também de acordos entre as lideranças. [...] É muito difícil conjecturar, mas tenho ouvido dos colegas que eles farão análises técnicas e votarão conforme sua consciência”, ponderou Godinho. Apesar de o presidente da Casa acreditar que o resultado da votação secreta é uma “incógnita”, alguns partidos já sinalizaram suas intenções. Enquanto o PSD promete referendar o parecer do TCM, o PMDB quer aguardar a decisão da Comissão de Finanças e o PTN alega que fará leitura própria do parecer.
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